Um homem chegou em casa, após o trabalho, e encontrou seus três filhos brincando do lado de fora, ainda vestindo pijamas. Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida entregue em casa. A porta do carro da sua esposa estava aberta. A porta da frente da casa também. O cachorro estava sumido, não veio recebê-lo. Enquanto ele entrava em casa, achava mais e mais bagunça. A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e encostado na parede. Na sala de estar, a televisão ligada aos berros num desenho animado qualquer, e o chão estava atulhado de brinquedos e roupas espalhadas. Na cozinha, a pia estava transbordando de pratos; ainda havia café da manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no chão e até um copo quebrado em cima do balcão. Sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta. Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando dos brinquedos espalhados e de peças de roupa suja. 'Será que a minha mulher passou mal?' ele pensou. 'Será que alguma coisa grave aconteceu?' Daí ele viu um fio de água correndo pelo chão, vindo do banheiro. Lá ele encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas, sabonete líquido espalhado por toda parte e muito papel higiênico na pia. A pasta de dente tinha sido usada e deixada aberta e a banheira transbordando água e espuma. Finalmente, ao entrar no quarto de casal, ele encontrou sua mulher ainda de pijama, na cama, deitada e lendo uma revista. Ele olhou para ela completamente confuso, e perguntou: Que diabos aconteceu aqui em casa? Por que toda essa bagunça? Ela sorriu e disse: - Todo dia, quando você chega do trabalho, me pergunta: '- Afinal de contas, o que você fez o dia inteiro dentro de casa?' -'Bem... Hoje eu não fiz nada, FOFO !!!!
A questão dos Direitos da Mulheres, deve ser analisada nas suas diversas perspectivas, a violência contra a mulher é a manifestação visível do preconceito e da discriminação contra a mulher; existem muitas frentes de trabalho em prol dos direitos das mulheres, que passaram a ser considerados na Conferência de Viena 1993, Declaração Universal dos Direitos Humanos, a partir daí os direitos das mulheres passam a ser considerados Direitos Humanos.
Em relação a questão do trabalho reprodutivo, podemos dizer que este não se trata somente de uma questão conjugal, de saber quem lava louça depois do jantar. O que está em pauta é o reconhecimento e a valoração do trabalho reprodutivo, a grande tarefa doméstica e social de cuidar das famílias, de gerar e criar filhos cidadãos e dar atenção aos idosos. É trabalho que se sobrepõe à vida profissional, feito preponderantemente pelas mulheres, sem remuneração. A maior parte dele é invisível na economia e não entra no PIB.
Com o acelerado processo de participação da mulher no mercado de trabalho, a reprodução social passe ser uma questão crucial para todas a sociedade, com impactos na sustentabilidade econômica na demografia. O nosso país conta hoje com mais de 40 milhões de trabalhadoras e este número cresce a cada dia. Os rendimentos das mulheres contribuem com 40,6% da renda das famílias. Quase 35% das famílias tem a mulher como chefe; essa realidade nos mostra que o capital e a cultura de gestão empresarial têm ignorado a importância das funções reprodutivas.
Precisa-se citar que deve se buscar garantir as trabalhadoras domésticas o exercício de todos os direitos trabalhistas previstos no art. 7º da Constituição Federal concedidos às trabalhadoras em geral é um dos objetivos estabelecidos no II PNPM (Plano Nacional de Políticas para as Mulheres), Belford-Roxo está encontra-se na fase de elaboração do PMPM (Plano Municipal de Políticas para as Mulheres), através da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres, ligada a SMASDH (Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos). O Plano estabelece, entre suas metas, a capacitação de 12 mil mulheres no âmbito do Plano Trabalho Doméstico Cidadão, a articulação para sua incorporação na Educação de Jovens e Adultos e o aumento de 30% do número de trabalhadoras domésticas com carteira assinada até 2011.