Alessandra Balbino

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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Grandes Mulheres, Grandes Lideranças

A História vem sendo escrita por vários anos, e das minorias existentes no nosso país o Movimento de Mulheres, vem se destacando e tomando proporções impensáveis, a 74 anos atrás. Um dos primeiros movimentos feministas liderado por Berta Lutz, foi considerado conservador, porque ressaltavam como virtudes as capacidades domésticas e maternas. Berta Lutz na luta pelo direito ao voto declarou : “Os direitos políticos de uma mulher não significarão um rompimento com a família, com o seu papel tradicional de esposa e mãe. [...]Sendo o lar o local tipicamente feminino, nem por isso deve a mulher limitar seus horizontes a ele[...] Ser feminista não é, de nenhum modo abdicar dos belos atributos morais, da sensibilidade e delicadeza afetivas, não é desvirtuar a finalidade sublime da mulher na terra: filha, noiva, esposa, mãe”. O que felizmente podemos perceber que as reivindicações daquele Movimento Feminista passava longe das querelas relacionadas as questões da dominação patriarcal, onde muitas mulheres se achavam em condições totalmente inferiores aos homens, Berta Lutz, levava o movimento a travar sua luta de forma extremamente estratégica. Berta Lutz entendia que sua luta era travada especialmente contra o conservadorismo, preconceito, aliado ao machismo e ainda o medo de muitas mulheres que consideravam sua atividade subversiva; sua militância pelo direito ao voto feminino era para muitos a luta contra as famílias e os bons costumes tradicionais na época. Portanto discutir que os homens poderiam dividir as tarefas domésticas, que as mulheres podiam e eram capazes de desenvolver tarefas tipicamente masculinas, entre outras questões relacionadas os patriarcalismo, eram colocados em um segundo momento, Berta Lutz, tinha consciência que primeiro tinha que vencer o preconceito contra as mulheres no sentido de que elas também teriam direito de decidir os rumos da nação através do voto, essa luta foi denominada “Movimento Feminino Sufragista”. Berta Lutz e suas companheiras, sabiam que depois desse direito adquirido, sua luta não seria esquecida, e que outras gerações receberiam o legado, dando continuidade as outras lutas que naquele momento não foram empreendidas, seriam deflagradas certamente. Na mesma sintonia em 1910 um grupo de mulheres, liderado pela professora Leolinda Daltro funda o Partido Republicano Feminino, tendo como objetivo mobilizar as mulheres pelo direito ao voto feminino. Um partido fundado por mulheres que não tinham direitos políticos. Tamanho era o descontentamento que o Senador Muniz Freire em 1890 declarava “ Estender o direito de voto à uma mulher é uma idéia imoral e anárquica, porque, no dia em que for convertida em lei, ficará decretada a dissolução da família Brasileira”. Como não poderia deixar de ser, em 1822 cria-se sob a liderança de Berta Lutz a Federação Brasileira Pelo Progresso Feminino, que cerra fileiras com o mesmo objetivo, o direito da mulher votar e ser votada. E lá Estavam Leolinda Daltro, Berta Lutz a frente do Movimento Sufragista que consegue em 1932, através do Presidente Getúlio Vargas o Decreto Lei 21.076/32, que concedia o direito da mulher votar e ser votada. Esse é o espírito da luta das mulheres, o Movimento de Mulheres, que se levanta contra pensamentos como o do senador citado. Resgatar o papel de importância da mulher na sociedade, e a conquista de direitos é pauta prioritária nesse universo político ainda machista e preconceituoso. A exemplo de uma mulher que foi elevada a um cargo político por seu próprio povo, que foi conselheira, discutindo e sugerindo soluções para pessoas com problemas; essa mulher foi Débora, sua história registrada na Bíblia, conta que ela convoca Baraque para treinar um exército para a guerra, este por sua vez, hesitou dizendo que só iria se Débora fosse. Ela foi, venceu a guerra, teve um papel que aos olhos de muitos seria do homem. Não seria demais que nós da Liga Feminina conjecturassemos a respeito, dizendo que Berta Lutz poderia ter se inspirado na história de Débora, porque uma de suas afirmações vêem ao encontro do perfil exato de Débora, que exerceu uma liderança incomum e demonstrou ser capaz de tomar decisões para salvar a nação de dificuldades, e ainda foi dona-de-casa, esposa e mãe em Israel. Isso em 1375 - 1050 a.C. Que esse relato inspire outras mulheres.

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"Ela tem um coração do tamanho de uma baleia; em seu trabalho é um leão de competência, uma dessas mulheres que vão até a raiz dos problemas e nada a assusta."

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Belford Roxo, Rio de Janeiro, Brazil
Sou uma mulher determinada e realizadora. Tenho metas e objetivos claros a respeito da Política Pública e uma das minhas frase é Política Pública sem orçamento é PAPO SEM FUNDAMENTO. inserida nos Movimentos Sociais aos 15 anos já participava ativamente do Grêmio Estudantil do CEPK, aos 19 anos me filiei ao PDT e concorri as eleições em 2000 para vereadora, e em 2012, profissionalmente me especializei nas questões de gênero na defesa da mulher vitíma de violência,bacharel em direito Congregada da Assembléia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) Membro Fundadora da OSCIP Pólis Mulher e Cidadania em Movimento. Ministro Cursos de Como Falar em Público, Política Pública, Orçamento Público, Funções do Legislativo e Executivo, Ofereço Coaching de líderes de várias áreas e legisladores e agentes públicos, orientando na realização de projetos para municípios, e para atuar na política. Entre em contato pelo e-mail alessandrabalbinoadv@gmail.com Beijo enorme !