SANEAMENTO, OBRAS CAEM NUM POÇO SEM FUNDO !

Para o pesquisador de Pós Gradução em Administração e Contabilidade de Brasília, José Matias Pereira, que estuda administração pública a falta de transparência nos gastos e acerteza da impunidade, mais acentuada em regiões distantes dos grandes centros, fomentam as irregularidades.

A falta da cultura de fiscalização, por parte da população, é outro motivo apontado para o mau uso das verbas federais.

Li, esta matéria ontem no Jornal Globo de Domingo; interessante observar que quem formulou o texto fala em uma tal "cultura" de fiscalização!? Na verdade essa cultura jamais interessou o poder instituído, os costumes da colonização do Brasil colônia estão mais do que nunca arraigados em nossa cultura, ao brasileiro cabe obedecer cegamente e só. Os mecanismos de controle social não são divulgados abertamente e só esse fato já exclui uma grande massa de trabalhadores, trabalhadoras, brasileiros e brasileiras. Como podemos afirmar que não existe uma "cultura de fiscalização", se ela jamais foi criada, fomentada ? Não existe instrução para educação básica adequada, quanto mais para fiscalizar órgãos governamentais, por outro lado, a clássica função do Legislativo que seria fiscalizar o executivo, há muito inexiste. O que vemos é a leniência de um poder para com o outro, sendo o povo subjulgado sempre.

Solução, não sei se há. Porém não concordo com em levar o ônus, porque o sistema constituído sobre nós, é um sistema que diz : Participem, votem, mais não ensina o exercício da cidadania de fato e de direito.

Estado assinará Pacto Nacional de Enfrentamento à violência contra as Mulheres

Reduzir a violência, fortalecer os centros de referência e qualificar as delegacias da mulher são metas a serem alcançadas pela secretária de Políticas para as Mulheres do RS (SPM), Márcia Santana, após a adesão do Estado ao Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres.

Em encontro com a ministra de Estado chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, na Capital Federal, a assinatura do documento ficou agendada para a primeira semana de março. Com o Pacto, o compromisso com a Lei Maria da Penha e com o fim da persistência da pobreza entre as mulheres ampliam a garantia dos direitos, enfatizou Ane Cruz, coordenadora Geral de Ações Preventivas e Garantia de Direitos da SPM nacional.

O novo foco da formulação das políticas públicas para as mulheres inclui a feminização da pobreza. Erradicar a pobreza através do fim da desigualdade de gênero nos postos de trabalho, prevendo o equilíbrio entre vida pessoal, profissional e familiar, é uma das prioridades da nossa gestão, destacou a secretária Márcia Santana.

Desejamos Boa Sorte a Nossa Ministra Iriny Lopes. Que cada gestor municipal esteja imbuído em aparelhar corretamente os organismos municipais de política pública para mulher. Sendo essencial a intersetorialidade, provisão de recursos e políticas afirmativas que ás vezes custam pouco, porém dependem fundamentalmente de uma dose grande vontade política.

O QUE É GÊNERO AFINAL ?

Manifestação feminista por igualdade de direitos do trabalho na década de 70


A expressão "gênero" começou a ser utilizada justamente para marcar que as diferenças entre homens e mulheres não são apenas de ordem física, biológica. Como não existe natureza humana fora da cultura, a diferença sexual anatômica não pode mais ser pensada isolada do "caldo de cultura" no qual sempre está imersa. Ou seja, falar de relações de gênero é falar das características atribuídas a cada sexo pela sociedade e sua cultura. A diferença biológica é apenas o ponto de partida para a construção social do que é ser homem ou ser mulher. Sexo é atributo biológico, enquanto gênero é uma construção social e histórica. A noção de gênero, portanto, aponta para a dimensão das relações sociais do feminino e do masculino.

É importante enfatizar esta distinção de conceitos (biológico X cultural), porque, como não se trata de fenômeno puramente biológico, podemos constatar que ocorrem mudanças na definição do que é ser homem ou mulher ao longo da história e em diferentes regiões e culturas. Desse modo, se as relações homem X mulher são um fenômeno de ordem cultural, podem ser transformadas. E a educação desempenha importante papel nesse sentido.

A compreensão do conceito de gênero possibilita identificar os valores atribuídos a homens e mulheres bem como as regras de comportamento decorrentes desses valores. Com isso, ficam mais evidentes:


a interferência desses valores e regras no funcionamento das instituições sociais, como a escola;

a influência de todas essas questões na nossa vida cotidiana;

a possibilidade de se ter maior clareza dos processos a que estão submetidas as relações individuais e coletivas entre homens e mulheres.

A perspectiva de gênero precisa, portanto, ser encarada como um dos eixos que constituem as relações sociais como um todo.

O conceito de gênero também permite pensar nas diferenças sem transformá-las em desigualdades, ou seja, sem que as diferenças sejam ponto de partida para a discriminação. O fato de poder gerar um filho, por exemplo, não é razão para que as mulheres sejam consideradas superiores ou inferiores aos homens, apenas diferentes.

http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=oassuntoe.interna&id_tema=8&id_subtema=7

Político@@@@@@@@@@@@@@

Em mais uma das reuniões políticas que costumeiramente frequento, diga-se de passagem, muitos dos meus leitores e seguidores não suportariam as mesmas, simplesmente porque da prática para a ação são quilomêtros de distância; porém o discursso encanta, faz sonhar e planejar, visionários costumam antever antes de ver. Gosto mesmo de política e não sei entrar em uma reunião e ficar quieta, é uma inquietação marcante, seria algum tipo de obsessão ? Não sei. Se alguém souber me fala. Mais voltando a reunião, onde um amigo meu Deputado Federal eleito nas últimas eleições, foi discutir a montagem de seu mandato com seus apoiadores correligionários, interessante perceber que na referida reunião de 40 homens só tinhámos 04 mulheres, exatamente 10% do quórum da reunião, essa constatação é um dado corriqueiro para mim que estou acostumada com diversas plenárias preponderantemente masculinas. No momento em que fiz uma interlocução sobre questões fundamentais do partido como seu crescimento com o recorte de gênero, mencionando a renovação da legislação no que tange a participação feminina nas nominatas partidárias, pois a legislação reza que obrigatoriamente esta deve ser composta de 30% de um dos sexos e 70% de outro. Mais o que isso tem haver comigo e com você ? A luta pelo voto feminino é antiga, pelos direitos políticos da mulher idem, e hoje em pleno século 21 essa questão ainda é vista com certa desconfiança, onde alguns acham que as mulheres não estão qualificadas para o debate, ou que valorizar a sua participação no processo é uma questão de discriminação ! Ora bolas, é impossível tratar os desiguais de forma igual, as, políticas de afirmação estão aí para isso, reparar os males causados pela desigualdade e facilitar o acesso e a participação dessas mulheres no processo eleitoral vigente. Um correligionário ao obter a fala, criticou-me pois achava que o processo deveria ser amplo, independente se jovem, se homem ou se idoso, sua fala só corroborou com o que todas nós que militamos a favor da políticas setoriais de afirmação já auferem diariamente : Falar em Defesa dos Direitos da Mulher é muitas das vezes ser considerada radical. Mais ao meu companheiro correligionário vai aí mais uma vez nosso recado, é preciso avançar na politica de afirmação para que nós mulheres possamos definitivamente romper as portas do patriarcalismo e do machismo, dando-nos o direito de contribuir efetivamente com a construção do processo democrático brasileiro, podendo cada uma a seu modo mostrar seus valores, suas formas de administrar e mais ter acesso a forma de concorrer as eleições, sendo essa a única forma de se alcançar os postos mais significativos de poder e decisão. No próximo Post, definição de Gênero.