Alessandra Balbino

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domingo, 29 de janeiro de 2012

TEM EXPLICAÇÃO PARA A ATITUDE DA CORREGEDORA ELIANA CALMON ? TEM SIM SENHOR !!

Essa “política do desvelo” ou a ética do cuidado  afirma que as mulheres trazem aportes diferentes para a esfera política, pois elas estão acostumadas, diferentemente dos homens, a cuidar dos outros e a velar pelos indefesos. Uma maior presença feminina nas esferas de poder abrandaria o caráter agressivo – masculino – da atividade política, e traria uma maior valorização da solidariedade, da compaixão, uma maior busca pela paz. Nesta direção, as áreas sociais seriam mais valorizadas, e teríamos a superação da política pura de interesses, considerada egoísta e masculina. Ocorreria também, com a presença das mulheres na política, a revalorização da esfera familiar, com o papel da mãe ganhando destaque: cuidar dos filhos e proteger os fracos. Assim, a prática política se transformaria, tornando-se uma prática mais ética, generosa e altruísta, com atenção voltada às necessidades do outro. A idéia da “política do desvelo” é que a paridade dos sexos na política levará naturalmente a alteração dos padrões de comportamento na mesma. 

Swamy et al. (2001), por exemplo, estão preocupados com a relação entre gênero e corrupção. Eles mostram que as mulheres estão menos envolvidas com esquemas de propina e suborno. E também demonstram que a corrupção é menor onde as mulheres possuem uma larga parcela dos assentos parlamentares, têm posições-chave na burocracia governamental e são uma parcela grande da força de trabalho. 
Os autores constroem três hipóteses para testar se o aumento da presença das mulheres na vida pública reduziria os níveis de corrupção: em situações hipotéticas, mulheres são menos propensas a perdoar a corrupção; as empresárias envolvem-se menos com subornos; e países que têm uma maior representação de mulheres no governo ou no mercado de trabalho têm menores níveis de corrupção. Todas as hipóteses são confirmadas.
    Os autores colocam ainda que essas afirmações sobre diferenças de gênero podem facilmente ser mal interpretadas. Eles reconhecem que existiria um diferencial de gênero. Porém, com isso, eles não estão afirmando terem encontrado diferenças essenciais, permanentes ou biologicamente determinadas entre homens e mulheres. O que eles querem fazer é mostrar relações estatisticamente significantes, que apontam para um diferencial de gênero na incidência da corrupção.
    A conclusão do texto é que o diferencial de gênero, no que diz respeito à corrupção, deve persistir nos próximos anos. Os autores concluem ainda que as iniciativas políticas de aumentar a participação feminina no governo irão ajudar a reduzir a corrupção.
 
Fonte:Discursos femininos – um estudo sobre a relação entre mulheres e corrupção
ANA LUÍZA MELO ARANHA
Instituição de ensino e pesquisa: Universidade Federal de Minas Gerais
Orientadora: Profa. Dra. Marlise Matos


 

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"Ela tem um coração do tamanho de uma baleia; em seu trabalho é um leão de competência, uma dessas mulheres que vão até a raiz dos problemas e nada a assusta."

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Belford Roxo, Rio de Janeiro, Brazil
Sou uma mulher determinada e realizadora. Tenho metas e objetivos claros a respeito da Política Pública e uma das minhas frase é Política Pública sem orçamento é PAPO SEM FUNDAMENTO. inserida nos Movimentos Sociais aos 15 anos já participava ativamente do Grêmio Estudantil do CEPK, aos 19 anos me filiei ao PDT e concorri as eleições em 2000 para vereadora, e em 2012, profissionalmente me especializei nas questões de gênero na defesa da mulher vitíma de violência,bacharel em direito Congregada da Assembléia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) Membro Fundadora da OSCIP Pólis Mulher e Cidadania em Movimento. Ministro Cursos de Como Falar em Público, Política Pública, Orçamento Público, Funções do Legislativo e Executivo, Ofereço Coaching de líderes de várias áreas e legisladores e agentes públicos, orientando na realização de projetos para municípios, e para atuar na política. Entre em contato pelo e-mail alessandrabalbinoadv@gmail.com Beijo enorme !